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Web: meu bem, meu mal

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Hoje, duas conversas durante a caminhada tocaram num assunto recorrente.

Dupla de mães n.o 1: uma delas dizia que quando sua filha era mais nova a levava nas aulas de vôlei, mesmo de ônibus; e que agora (não sei ao certo a idade da filha), a menina não queria mais saber do vôlei, nem de fazer qualquer atividade física, nem mesmo gostava da aula de educação física! Só queria mesmo era “computador, computador, computador, o dia todo”…

Dupla de mães n.o 2: uma das mães se queixava que seu filho tirou notas baixas nas provas, e que o pai como castigo lhe tirou o Ipod durante o fim de semana. Esse era o maior castigo do garoto!

O que acontece com as crianças hoje em dia? Não querem mais fazer esportes, não estudam o número de horas necessário, tudo por conta do fascínio viciante que a Internet desperta – seja para navegar, jogar, fofocar, saber da vida alheia e expor a própria. Muitos adultos estão sucumbindo a esse fascínio também, vide o aumento de pessoas sedentárias, com problemas de visão, tendinite e afins.

Não há como negar as vantagens da web, este post não teria espaço para enumerar tantas…, mas acho que precisamos estar atentos ao que acontece com as crianças e adolescentes – é preciso criar interesse por tarefas manuais, hobbies, brincadeiras, esportes, danças e jogos não-virtuais, para que eles não virem no futuro aqueles personagens da nave espacial do filme Wall-E, aqueles gordinhos que não levantavam pra nada e viviam na maior ‘mordomia’…, acho muito triste!

Hemograma, a nova identidade

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Conversa nas barras de alongamento: de um lado, um senhor de boa aparência com cerca de 60 anos, a quem chamarei de ‘veterano’, de outro lado o ‘calouro’, um senhor de origem humilde, acompanhado da esposa.

O veterano tentava encorajar e estimular o calouro a caminhar, o qual pelo visto era novato nessa prática. E os dois falavam dos conselhos médicos, e de seus índices de colesterol, glicemia, pressão e afins. O primeiro se gabava de ter emagrecido 10 Kg em 1 ano de caminhada, e o segundo se mostrava um pouco reticente, visto que estava ali obrigado pelo médico e pela mulher que revelava em alto e bom som os índices de seu marido…’o colesterol dele está…!’, ‘a triglicerides está normal..’, e assim ia a conversa.

É curioso, mas hoje – muito provavelmente depois de uma certa idade, talvez 40, talvez um pouco menos – o que parece valer mais na apresentação de um cidadão são seus índices de colesterol e glicemia, do que seu estado civil, origem, ou local de moradia….

Então, tenha seu hemograma sempre à mão…, quando conhecer uma pessoa nova vá logo dizendo: ‘Prazer, eu sou fulano, pressão 12 por 8, 86 de glicemia e 180 de colesterol total, mas o HDL está ótimo!’ Isso já vai te avalizar como uma pessoa bacana, que se cuida e se alimenta bem…hehe!